Qua, 17 de março de 2021, 11:36

UFS cria comissão de saúde e bem-estar animal
Principais pontos são alimentação, abandono, abrigos, castração, vacinação, medicação, monitoramento e educação ambiental.

A Universidade Federal de Sergipe (UFS) publicou a portaria nº 304, de 17 de março de 2021, que cria a comissão de saúde e bem-estar animal na UFS. A finalidade é formular propostas de ações e planejamento estratégico para manejo da população de felinos e caninos nas áreas dos campi da UFS.

De acordo com a reitora pro tempore da universidade, Liliádia Barreto, a criação da comissão é necessária, dentre outros motivos, por ser visível o crescimento do abandono de animais na instituição de ensino.

“Existe um aumento da população de cães e, principalmente, de gatos abandonados nas áreas dos campi da UFS. É preciso consolidar a política de monitoramento e controle populacional desses animais, considerando também a necessidade de promover um tratamento ético a esses animais e de preservar a segurança da comunidade universitária”, pontuou a reitora.

A comissão é composta por representantes de diversas ONGs ligadas aos cuidados com os animais, além de membros da universidade, a exemplo do professor Genésio Tamara, do Departamento de Ciências Florestais, que atualmente responde pela coordenação do Departamento de Gestão Ambiental e Segurança do Trabalho.


Fotos: Ascom UFS
Fotos: Ascom UFS

Estratégias

“Nesse departamento, trabalhamos também a coordenação, na universidade, dos problemas relacionados aos animais. Em 2016 assumimos essa coordenação e, desde então, a gente vem tentando estabelecer algumas estratégias para amenizar as questões, principalmente com os gatos dentro da universidade. Como o problema tem se agravado, principalmente no aspecto do abandono, a reitora e seus assessores decidiram criar uma comissão para propor um planejamento estratégico e enfrentar esses problemas”, declarou o professor.

De acordo com ele, os principais pontos que devem ser contemplados pela comissão se referem a temas como alimentação, abandono, abrigos, castração, vacinação, medicação, monitoramento e educação ambiental. “De um modo geral a comunidade acadêmica como um todo pode contribuir, com a estratégia de montar algumas coisas que permitam à universidade investir para resolver os problemas, propondo ações que possam solucionar de fato essas questões”, complementou o professor Genésio.


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Representatividade

Para o professor Marcos Zambanini, que conduziu a primeira reunião com comissão formada, é importante a participação das várias representatividades para analisar a situação e propor melhorias. “Trata-se do planejamento de possíveis ações, com a posterior geração de um relatório que contemple quais seriam as necessidades iniciais, como recursos humanos e materiais, infraestrutura adequada, sempre informando à comunidade o que está sendo feito e buscando o apoio institucional para o sucesso dessas ações”, resumiu o professor.

A Comissão de Saúde e Bem-estar Animal na UFS é formada pelo professor Genesio Tamara, como coordenador, por Ariel Dantas, aluna do curso de Biologia; Eduardo Caldas, diretor do Hospital Veterinário da UFS; Marcos Zambanini, do gabinete da Reitora; Mírian Nascimento, da ONG Amigos dos Animais de Sergipe; Nélia Oliveira, professora aposentada da UFS e também membro de ONG de proteção aos animais; Olga Varjão e Sônia Bianchi, alunas do curso de Medicina veterinária; e pelo professor Uziel Santana, pró-reitor de Extensão da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que na reunião desta quarta, 17, foi representado pela secretária Débora Medeiros.

A Comissão terá um prazo de 30 dias para emitir um relatório contendo a análise da situação e propostas de melhorias. Além disso, a Comissão de Direito Animal da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Sergipe, poderá indicar um representante para compor essa comissão.

Andreza Azevedo

Gabinete da Reitora


Atualizado em: Qua, 17 de março de 2021, 11:46
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